lunes, 22 de noviembre de 2010

Vilarinho dos Galegos...terras de encantos, recantos...e castro

Sábado, 20 de Novembro de 2010

Começei o meu fim de semana da melhor forma. Levantei-me sábado pela manhã, que pensava que estava chuvoso devido à água que caiu durante a madrugada, mas não. Estava um dia de sol, que contrabalançava com o frio/vento que batia na rosto e nas extremidades não protegidas. Meti-me dentro do carro e segui carretera fora. Já tenho todas as curvas e contracurvas decoradas. Depois de ter sido mandada parar pela GNR (Guarda Nacional Republicana), para ver se tinha os documentos todos em ordem, eis que o Sr. Agente se lembra de me pedir para lhe abrir a mala e eu antecipando (ainda antes de sair do carro) disse-lhe: (gaguejo) Sr. Sr. Agente se me vai ver a mala digo-lhe já que não tenho triângulo e que se quiser multar-me pode fazê-lo já" lol. Conclusão: ele próprio se deixou rir com a situação e disse: "Menina eu não a vou multá-la por causa de um triângulo, mas sabe que tem que arranjar um, imagine que tem um acidente de viação" (lol). Ou seja, escapei-me de uma multa e segui o meu caminho até Vilarinho dos Galegos, que se revelou deveras dificil, porque sem GPS e mapa as coisas tornam-se mais dificeis, isto tudo, porque penso que tenho um bom sentido de orientação.
Depois de tanto me desorientar e logo orientar eis que chego a esta bela localidade transmontana. Dirigi-me até a Junta de Freguesia, conforme combinado com o Alcaide. Manuel Garcia, o autarca que está à frente de Vilarinho dos Galegos, assim que me viu cumprimentou, mas como estava a fazer uns trabalhos, pediu a dois meninos, Fábio (10 anos) e Rafael (5 anos) que me acompanhassem a fazer a visita fotográfica do património, uma vez que Fábio sabia onde se encontrava a identidade arquitecónica da sua terra.
Igrejas, cruzeiros, fontanários, a ponte romana e a fraga Cadoiço, um belo stío onde o rio se requebra e quebra por entre as pedras.
Terminadas as fotos matinais, como bom transmontano, Manuel Garcia convidou-me a almoçar em sua casa, com os seus amigos, esposa e filhos. Uma bela e apetitosa posta mirandesa com salada, a lareira a crispar, um bom copo de vinho tinto e pronto, estavam reunidas todos os ingredientes para um bom repasto.
Depois do café, ainda me faltava visitar o Castro e a fraga do Calço, uma paisagem espantosa, deslumbrante e "davidiana vs goliana", onde o rio Douro rasga por entre as Arribas do Parque Natural do Douro Internacional e tu sentes-te pequeno/grande. Ali no alto, os vestígios, muito bem conservados, do castro de Vilarinho dos Galegos e a Fraga do Calço, uma pedra que se encontra estrategicamente colocada, como se estivesse a mirar o leito do rio. No alto uma águia, que voava bastante baixo, possivelmente, cercando a presa. Que sensação de serenidade e paz...que bem se está no campo.



Terminada a visita, fui-me despedir do Alcalde, que gentilmente, me ofereceu umas navalhas de recordação (e que jeito me deram, pois a minha casa estava com falta de facas que cortassem).
Para trás ficou a placa de Vilarinho dos Galegos, mas na memória ficou gravado o imenso entorno paisagístico e natural desta povoação.

Leila Rebelo Campos

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